Cesto de peixe no chão.
Cheio de peixe, o mar.
Cheiro de peixe pelo ar.
E peixes no chão.
Chora a espuma pela areia,
na maré cheia.
As mãos do mar vem e vão,
as mãos do mar pela areia
onde os peixes estão.
As mãos do mar vem e vão,
em vão.
Não chegarão
aos peixes do chão.
Por isso chora, na areia,
a espuma da maré cheia.
(Cecília Meireles)
2 Ofertas:
bonito balanço de versos. embalou-me!
As mãos do mar vem e vão. Cena deliciosa na minha mente, uma espécie de navegação. Indo e vindo e a gente nesse balançar. Belo
Bacio
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